sábado, 27 de outubro de 2018

Retroceder em nossos direitos, jamais!


Estamos vivenciando um momento único e diferente na história do país. Num longo processo de luta pós redemocratização do Brasil, alcançamos muitas conquistas. O direito ao voto, a liberdade democrática e de pensamento, coisas que em outros tempos tristes da nossa história não podíamos nem pensar.

Sabem aquelas conquistas que nós servidores públicos alcançamos ao longo de várias jornadas de lutas? Agora estão ameaçadas.

O direito ao 13º salário, as férias remuneradas, a estabilidade profissional no serviço público, a realização de concursos públicos, nossa aposentadoria, o ensino presencial, a igualdade de salários entre mulheres e homens, os investimentos em educação, saúde... Todas estas conquistas estão ameaçadas por um projeto de governo que visa tirar da classe trabalhadora para dar aos ricos. 

Ainda mais, um projeto de governo que busca caçar a liberdade de todos os trabalhadores de realizarem atos e protestos contra os baixos salários e as más condições de trabalho impostas pelos patrões.

Sem deixar de falar no preconceito contra as mulheres, nordestinos, pobres, negros, comunidade LGBT que também está presente nas falas e discursos desse famigerado candidato e de muitos de seus apoiadores.

Um projeto de governo baseado em mentiras e difamações. Na educação por exemplo, quem de nós professores, teve acesso ao famigerado “Kit Gay” tão divulgado mentirosamente? Essa e outras mentiras colocaram a nação brasileira numa polarização movida à ódio, preconceito e intolerância.

É nessa encruzilhada que estamos diante da escolha de dois projetos de governo opostos e totalmente diferentes. De um lado, a escolha pela cidadania, democracia, pela liberdade de expressão e o direito de se respeitar as vias democráticas. Do outro lado, a perseguição, a destruição de direitos, o cerceamento das possibilidades de qualquer manifestação do pensamento contrário aos que o colocarem em prática.

Diante disso, qualquer instituição forjada na luta pela justiça social, pela igualdade e contra qualquer tipo de discriminação, como instituição republicana, funcionando em equilíbrio constitucional, assume o dever de assumir lado e estar na luta mais uma vez, contra  qualquer aventura sombria, de retrocessos e continuidade dessas tenebrosas políticas econômicas e sociais que estão em vigor no país desde o golpe de maio de 2016.

O SINTSERP, que sempre defendeu a democracia, a pluralidade de opinião e o direito à divergência, não poderia deixar de expressar a necessidade de que todos os servidores públicos de Parnamirim e especialmente os professores tenham a responsabilidade de exercer seu direito de voto, conquistado em lutas democráticas, com o compromisso pela esperança de que o país volte a exercer uma atmosfera de respeito, com liberdade de opinião e que tenhamos, na Chefia de Estado, uma pessoa que esteja comprometida com a democracia.

Parnamirim, 27 de outubro de 2018.
Direção do SINTSERP.

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