domingo, 22 de maio de 2011


PERGUNTAS DE UMA PROFESSORA QUE LÊ 

“Estão aceitando a condição precária da educação como uma fatalidade?” "Estão me colocando em uma sala de aula com um giz e um quadro para salvar o brasil?"  

Pedindo licença à Brecht e à nossa companheira Amanda, que com seu carisma e eloquência, cativou o país com um discurso firme, coerente e consistente tornando-se desse modo a porta voz de todos os profissionais de educação do Brasil, que dia-a-dia atuam nas condições precárias que todos conhecemos, sentindo-se sem dúvida contemplados na fala de nossa companheira, fazemos aqui também um chamamento para que seu discurso, como a própria Amanda sugeriu, sirva de estímulo a que todos aqueles que lutam por uma educação de qualidade, por melhores condições de trabalho, pelo reconhecimento e valorização dos professores, possam se mobilizar, não apenas no mundo virtual mas nas ruas dessa cidade, desse estado enfim, de todo o país para que possamos algum dia comemorarmos, aí sim, a superação da nossa mais teimosa mazela. A luta continua! Abraços.

 A frase mais eloquente abre o relato da educadora:

- Como as pessoas até agora, inclusive a secretária Bethania Ramalho, apresentaram números, e números são irrefutáveis, eu também vou fazê-lo. Apresento um número de três algarismos apenas, que é o do meu salário, de R$ 930.
O depoimento dura oito minutos - veja abaixo -, mas resume à perfeição a tragédia educacional brasileira. O mais importante é que a professora recusa-se a desistir, dando uma lição nota 10 do espírito necessário para virar o jogo que o Brasil vem perdendo de goleada.
- Devemos continuar encarando a condição precária da educação como uma fatalidade? - resume ela, numa pergunta cheia de respostas.
De vez em quando, alguém precisa nos lembrar do óbvio, como fez Amanda.

4 comentários:

  1. Gostei da atitude do sindicato de divulgar o vídeo da professora Amanda.

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  2. Também gostei da atitude do sindicato, mas o serviço prestado pela professora Amanda à nossa causa já não precisa de comentários. Mas eu gostaria de comentar a intenção do membro do sindicato que fez a postagem ao colocar como enunciado a seguinte frase: "PERGUNTAS DE UMA PROFESSORA QUE LÊ".
    Acredito que a pessoa que postou teve a intenção de colocar: PERGUNTAS DE UMA PROFESSORA QUE LÊ PARA PROFESSORES QUE NÃO LEEM.

    É SÓ PARA REFLEXÃO!!!

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  3. Não Lindemberg, não houve essa intenção. A idéia era fazer uma referência ao grande Berthold Brecht, que admiramos muito e está sempre nos inspirando a mobilizar-nos e mobilizarmos. Como havíamos chamado a atenção ao pedido da própria Amanda para que sua fala ajudasse a engajar cada vez mais gente à luta, achamos apropriado. A propósito fica a dica do belíssimo poema de Brecht "Perguntas de um trabalhador que lê" que é muito esclarecedor a respeito de nosso papel enquanto sujeitos históricos. Abraços e vamos fazer história, companheiro!

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  4. Que bom que não era essa a intenção. Assim, minhas sinceras desculpas.

    E vamos sim faze História. Estamos juntos.

    Lindemberg Araújo.

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