Ambos
têm importância na função social: o Prefeito executa em conjunto com seus
auxiliares diversos e milhares de assessores, as infindáveis agendas inclusive
pomposas regadas à mordomia e ao glamour da mídia, sem contar com o salário de R$
24.000,00 reais por mês, os Geton´s (vantagens salariais por hora extra de trabalho),
auxílio alimentação e carro a disposição, entre outros que a sociedade não
sabe. E o Professor? O que tem? Sua força do trabalho (seu conhecimento) é
vendida ao município por um salário que hoje (o piso) é pago atualmente em
cerca de R$ 1.450,00 reais com atribuições efêmeras e multifuncionais
(psicólogo, assistente social, produtor intelectual, médico, administrador,
etc..) sem deixar de lembrar, do papel de pai e mãe no campo da afetividade que
o Professor promove.
Em Parnamirim estes profissionais
vêm reivindicando desde o ano passado, melhores condições de trabalho (adequados
para a comunidade escolar, entre várias a merenda escolar que perdeu a
qualidade), mais concursos pela falta de professores no início deste ano, um
terço da carga horária para os professores melhor planejarem suas aulas,
eleições diretas para diretores de escolas, reajuste real de 10% ao piso (já
garantido por lei), entre outras... O Prefeito Mauricio Marques faz “ouvido de
mercador” a mais de um ano e implementa hoje, um ensino sem qualidade aos
munícipes.
O debate e o esclarecimento que
queremos realizar junto à sociedade é sobre o desrespeito aos Professores e que
novamente o prefeito de Parnamirim vem realizando em Parnamirim. Não devemos
esquecer que a responsabilidade maior é de quem tem a estrutura do município
para dispô-la à sociedade. Por esta e por outras reivindicações a categoria
está prestes a entrar em greve nesta semana. Isto tudo, devido a intransigência
do senhor prefeito de não implementar o direito do terço da carga horária que já
está garantido pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ). O direito a greve é a
saída. O prefeito teve todo o ano passado e parte dos cinco meses deste ano
para implementar essas reivindicações (que já duram há mais de 3 anos), entre
outras, que já duram desde o começo do seu primeiro mandato. Com isso nos perguntamos
se somos nós os errados? Será que quem está certo para a sociedade é quem reajusta
seu próprio salário em 50% e recebe 17 vezes mais que um professor?
A pergunta ficará para a sociedade responder
e a partir desta resposta é que poderemos continuar a construir o conhecimento dos
filhos dos parnamirinenses. Esperamos o apoio da população nesta luta de “Davi
contra Golias”, porque nessa extrema diferença não há como o povo de Parnamirim
ficar apático ou indiferente. Não queremos mais um aumento para o prefeito que
já ganha R$ 24.000,00 e que é rodeado de regalias, mas sim um reajuste real para
quem cuida do futuro desta cidade: os educadores. Os índices de violência
mostram o quanto é necessário os investimentos na educação de nossa cidade,
mostrando de forma real que a prefeitura não tem apresentado oportunidades para
os nossos jovens.
Aproveito o momento, para convocar a
categoria ao chamado do Sintserp. Nossa dignidade clama por razão e nossa razão
é nobre, a nobreza de valorizar a construção e a coletivização do conhecimento
e assim fazer história para transformar nossa realidade municipal.
Jocelin de Lima Bezerra
(Celino)
Presidente do Sintserp e
diretor da CTB/RN
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