quinta-feira, 3 de abril de 2014

50 anos do Golpe civil-militar de 1964

Por ocasião da comemoração pelos 50 anos do golpe que deu início a ditadura que imporia o arbítrio ao Brasil e aos brasileiros por mais de vinte anos publicamos postagem do blog do planalto e logo em seguida um pouco de poesia inspirada e para inspirar-nos a, como na recomendação da presidenta Dilma Rousseff, "lembrarmos e contarmos  o que aconteceu"
Segunda-feira, 31 de março de 2014 às 12:36

O dia de hoje exige que nos lembremos e contemos o que aconteceu, afirma Dilma

A presidenta Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (31), ao referir-se ao golpe militar de 1964, que o dia de hoje exige que nos lembremos e contemos o que aconteceu. Dilma lembrou que 50 anos atrás o Brasil deixou de ser um país de instituições ativas, independentes e democráticas e que por 21 anos nossa liberdade e nossos sonhos foram calados, mas que graças ao esforço de todas as lideranças do passado, dos que vivem e dos que morreram, foi possível ultrapassar os 21 anos de ditadura.
“O dia de hoje exige que lembremos e contemos o que aconteceu. Devemos isso a todos que morreram e desapareceram, aos torturados e perseguidos, a suas famílias, a todos os brasileiros. Lembrar e contar faz parte de um processo muito humano, desse processo que iniciamos com as lutas do povo brasileiro, pela anistia, Constituinte, eleições diretas, crescimento com inclusão social, Comissão Nacional da Verdade, todos os processos de manifestação e democracia que temos vivido ao longo das últimas décadas. Um processo que foi construído passo a passo, durante cada um dos governos eleitos depois da ditadura”.
Dilma afirmou que o Brasil aprendeu o valor da liberdade, de Legislativo e Judiciário independentes e ativos, da liberdade de imprensa, do voto secreto, de eleger governadores, prefeitos, um exilado, um líder sindical, que foi preso várias vezes, e uma mulher também que foi prisioneira.
“A grande Hannah Arendt escreveu um dia que toda dor humana pode ser suportada se sobre ela puder ser contada uma história. A dor que nós sofremos, as cicatrizes visíveis e invisíveis que ficaram nesses anos, elas podem ser suportadas e superadas porque hoje temos uma democracia sólida e podemos contar nossa história. Como eu disse, nesse Palácio, repito, há quase dois anos atrás, quando instalamos a Comissão da Verdade, eu disse: se existem filhos sem pais, se existem pais sem túmulos, se existem túmulos sem corpos, nunca, nunca, mas nunca mesmo, pode existir uma história sem voz. E quem da voz à história são os homens e as mulheres livres que não têm medo de escrevê-la. E acrescento: quem dá voz à história somos cada um de nós”.

Ditadura nunca mais

Cinquenta anos se passaram
Foram anos de opressão
Um Brasil de liberdade precária
De torturas, morte e agressão.
Nossos sonhos foram calados
Estudantes e artistas censurados
21 anos sem plena informação.

Anos de muita repressão
Intelectuais foram perseguidos
Na truculência ilegal do Estado
Nosso povo foi agredido.
Na luta permaneceram
Alguns brasileiros morreram
Outros tantos desaparecidos.


Reverencio os que lutaram
Pela nossa democracia
A história lembra e conta
Sem nenhuma demagogia.
Nos traços hoje visíveis
Das cicatrizes invisíveis
A mais pura fidalguia.

Olhando bem esse esforço
Aprendemos a lição
O valor de ir às ruas e exigir
Democracia e participação.
O valor de ter direito
De exigir mais respeito
Pro mais humilde cidadão.

Hoje escrevemos a história
Por democracia ampliada
Crescimento com inclusão social
E cidadania referendada.
História sem voz jamais
Ditadura nunca mais
Queremos liberdade preservada.

                           Luiz Antonio Norberto
                        Gestor Esc. Mun. Prof. Luiz Maranhão Filho

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