terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Trenzinho da Alegria é suspenso e Prefeitura propõe empréstimo de 55 milhões


A direção do SINTSERP e os trabalhadores de Parnamirim participaram da sessão na Câmara dos Vereadores na tarde de ontem (14) com a expectativa que fosse votado o projeto da Lei Orçamentária Anual - LOA 2016. A ideia é pressionar a Casa para que sejam acrescidos mais investimentos em áreas essenciais como saúde e educação e também seja garantido no documento o reajuste dos servidores municipais.

Infelizmente, com a mobilização da categoria, mais uma vez os vereadores adiaram a votação driblando a pressão social. Contudo é possível que seja votada hoje (15), pois será a última sessão do ano na Casa. Se não entrar na pauta desta tarde, será necessário que a Prefeitura convoque uma sessão extraordinária (convocando os vereadores de suas "férias" e pagando pela presença nesta sessão) para votar este e outros temas.

Apesar do adiamento, tivemos uma boa notícia. Após a pressão dos servidores e a repercussão em toda a cidade, a Prefeitura recuou com o "Trem de Alegria" - proposta que consistia na criação de uma lei suplementar (em regime de urgência) que visava incorporar aos salários dos apadrinhados políticos, de forma vitalícia, o vencimento que eles recebem atualmente exercendo os cargos de confiança criados pelo prefeito. Porém, como sabemos o modo de operar dos parlamentares e da Prefeitura, é possível que seja votado na "surdina".

Outra vitória, foi a convocação dos vereadores que compõem as Comissões de Educação e de Orçamento e Finanças da Câmara para uma reunião com o SINTSERP hoje (15) pela manhã na Casa Legislativa. A ideia é que esse encontro debata o remanejamento de verbas na LOA 2016.

Com relação à proposta do "Trem da Alegria", o vereador Antônio Batista (PMDB) questionou se em Parnamirim existiria algum secretário recebendo mais de  R$ 8 mil. Segundo Batista se fosse comprovado, ele estaria disposto a renunciar ao mandato de vereador. O que o vereador não contava era que a direção do SINTSERP de imediato rebateu o parlamentar informando que o Portal da Transparência mostra cargos recebendo mais de 12 mil reais por mês.

Pior do que isso, foi a investida descarada da Prefeitura de Parnamirim ao enviar à Câmara em regime de urgência uma proposta de empréstimo de R$ 55 milhões de reais. O projeto não traz o detalhamento de onde será investido, em qual banco será feito o empréstimo, como será feito pagamento e em quantos anos será pago. A proposta "sem pé nem cabeça" gerou muitas dúvidas e indagações dos vereadores e dos trabalhadores quanto ao seu uso em ano eleitoral.

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