quarta-feira, 2 de março de 2016

Prefeitura quer empurrar reajuste com parcelamento sem debater perdas salariais


Mais uma mentira contada pela Prefeitura de Parnamirim. Assim podemos chamar o mais "novo" anúncio do reajuste salarial dos professores feito pelo prefeito Maurício Marques através do Projeto de Lei 02/2016 enviado à Câmara Municipal de Parnamirim. A contar com essa nova promessa, já contabilizamos quatro falácias. Senão vejamos:

1. A primeira promessa foi feita durante reunião no dia 16 de fevereiro na SEMEC quando na oportunidade o Procurador do Município Fábio Pinheiro, a Secretária de Educação Vandilma Oliveira e o Chefe de Gabinete Márcio Cézar apresentaram uma proposta de reajuste dos 11,36% a ser concedido em 5 parcelas.

2. A segunda promessa foi realizada no dia posterior, 17 de fevereiro, durante um encontro administrativo-pedagógico com Gestores e Coordenadores realizado pela SEMEC na Escola Municipal Augusto Severo, quando na oportunidade a secretária Vandilma anunciou o reajuste integral para os que estavam presentes ao evento.

3. A terceira promessa foi dada durante a semana pedagógica, mais precisamente no dia 22 de fevereiro, quando o próprio prefeito Maurício Marques afirmou que os professores receberiam o reajuste a partir do mês de março com o pagamento retroativo dos meses de janeiro e fevereiro. Confira a promessa no site:

http://www.parnamirim.rn.gov.br/newsItem.jsp?p=4881

4. A quarta promessa foi feita na última sexta, 26 de fevereiro, quando o Prefeito Maurício Marques encaminhou a Câmara dos Vereadores o Projeto de Lei Complementar 02/2016 propondo o reajuste em março, mas com o retroativo dos meses de janeiro e fevereiro a serem pagos em 4 parcelas a partir de abril deste ano.O anúncio foi divulgado pelo site da prefeitura:


Apesar da tentativa frustrada da Prefeitura de tentar aprovar o projeto na surdina, sem o conhecimento do SINTSERP e da categoria, a direção do sindicato buscou acompanhar a iniciativa, articulando entre os vereadores de oposição e conseguindo ter acesso ao documento. 

Confira o documento enviado:



Mas afinal de contas, em qual das quatro promessas da Prefeitura de Parnamirim devemos confiar?

Com o passar dos anos, os trabalhadores de Parnamirim já se acostumaram a ver esse tipo de gestão contraditória. Ninguém pode afirmar com certeza que as promessas terminaram, mas o fato é que até agora foram quatro discursos, todos diferentes, ditos pelo Prefeito Maurício Marques, pela Secretária Vandilma, pelo procurador Fábio Pinheiro e pelo Chefe de Gabinete Márcio Cézar, inclusive outorgados alguns pela própria Procuradoria ou divulgados pelo próprio órgão de imprensa da Prefeitura como consta em seu site.

A categoria já rechaçou e rejeitou qualquer tipo de parcelamento de um reajuste que é garantido por lei. Os trabalhadores não querem nada a mais do que lhes é de direito: os 11,36% referentes ao reajuste anunciado pelo MEC, a serem pagos no dia 1º de janeiro, sem parcelamentos e de forma integral. Além mais, os servidores buscam outro direito que a Prefeitura insiste em "se fazer de doido" ao não tocar no assunto, muito menos anunciar seu pagamento: o pagamento do calote que o Executivo tem dado nos trabalhadores da educação sobre as perdas salariais que já somam mais de 18,32%.

Importante também ressaltar o desrespeito que o Executivo trata seus servidores. Isso porque além do parcelamento do reajuste e do "esquecimento" dos 18,32% das perdas salariais, está também a forma despótica pela qual o Prefeito Maurício Marques trata os educadores do município. Ao não buscar o diálogo com a categoria, empurrando goela abaixo a medida através de projeto apresentado na Câmara dos Vereadores de Parnamirim, o chefe do Executivo Municipal distancia um entendimento com a categoria e colabora ainda mais para que os servidores decidam por ações mais enérgicas como, por exemplo, uma greve da educação.

A categoria está ciente do seu papel e não aceitará o autoritarismo do prefeito Maurício Marques. Na próxima quarta, dia 9 de março, haverá assembleia única da categoria às 14 horas na sede do SINTSERP com fins de debater e deliberar sobre a nova investida do Executivo Municipal. A assembleia do dia 31 de março (quinta) que tratará do Indicativo de Greve também está mantida.

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