segunda-feira, 18 de julho de 2016

Nota a população de Parnamirim

O SINTSERP vem através desta nota externar sua indignação com a destruição da escola Limírio Cardoso D'ávila e reafirmar a sociedade parnamirinense que esse não é um fato isolado, mas a culminância do descaso com que tem sido tratada a questão da violência nas escolas pelo poder público municipal.

As escolas de Parnamirim vem sofrendo ataques constantes, denunciados inclusive pelo SINTSERP desde 2015 em 6 programas da nossa TV SINTSERP. É preciso historicizar os fatos para não apontarmos como culpada apenas a comunidade de Santa Tereza, pois este bairro não se resume aos vândalos que o fizeram e não é o único responsável pelo que ocorreu.

Já vimos em outro momento o caso da escola Osmundo Faria que teve salas incendiadas, assim como a Escola Hélio Galvão. Sem contar os arrombamentos frequentes nas escolas Maria do Céu Fernandes e Alzelina Sena, a depredação da escola Maria Saraiva, onde realizamos uma aula da cidadania, ação positiva e que daremos continuidade, pois acreditamos que educação sempre será o caminho.

Não devemos deixar impunes os que destruíram a escola com as próprias mãos, mas não devemos deixar também impunes os que tinham a obrigação de evitar esse triste acontecimento. Por isso denunciamos e cobramos aqui a responsabilidade dos seguintes atores:

A Secretaria de Educação de Parnamirim que a pouco tempo mudou de gestor, mas que sempre teve conhecimento desse tipo de acontecimento nas escolas;
A empresa de segurança ROLAND, que embolsa milhões em contratos com a Prefeitura e não protegeu o patrimônio;
A prefeitura que não garantiu o funcionamento da escola e não deu providências enquanto a mesma era destruída e as demais, depredadas; além mais, insiste em não elaborar uma proposta que implemente a Guarda Municipal do município.
O Ministério Público (sempre tão hábil em cobrar do professor, inclusive obrigações que não são suas), que nada fez para garantir o direito constitucional a educação dessas 650 crianças que agora peregrinam em busca de vagas nas escolas vizinhas ou terão que se deslocar para o CAIC.

Nessa perspectiva, o SINTSERP se une a todos que se indignaram com a negligência do poder público e se solidariza com a comunidade Santa Tereza, grande vítima dessa barbárie, agora sem escola e estereotipada como “comunidade de vândalos”.

Conclamamos todos a darem as mãos e juntos lutarmos para reconstruir a Escola Limírio Cardoso D'ávila, pois somos maiores que tudo isso.


Parnamirim, 18 de julho de 2016.
A direção do SINTSERP.

Nenhum comentário:

Postar um comentário