Professores e professoras da rede municipal de educação de Parnamirim estiveram reunidos na tarde desta quarta, 6 de abril, em assembleia da categoria, para definir os rumos da greve iniciada no último dia 8 de março. A categoria lotou o pátio da Escola Ivanira Paisinho.
Prevista para ocorrer na próxima sexta, a convocação extraordinária do sindicato se deu em virtude da ação impetrada pela Prefeitura de Parnamirim que culminou em decisão judicial cobrando o retorno imediato dos professores às escolas sob pena de ser aplicada multa diária de R$ 10 mil reais ao sindicato por cada dia de não retorno às aulas.
Ao abrir os informes a direção do SINTSERP, explanou a situação da ação judicial impetrada pela prefeitura e a multa diária de R$ 10 mil reais, e a postura autoritária que o judiciário impôs aos trabalhadores da educação de Parnamirim.
Nessa perspectiva os trabalhadores da educação decidiram em votação retornar nesta quinta, 7 de abril, às escolas e alternarem a condição de “em Greve” para “em Estado de Greve”. A mudança significa o retorno às aulas, porém a categoria permanece atenta ao cumprimento da pauta de reivindicações que busca o reajuste de 33,24% do piso do magistério, podendo acontecer o retorno da greve a qualquer momento. De acordo com o sindicato, o Executivo se propôs a conceder o percentual de 10,16% - pago integralmente em abril juntamente com os retroativos de janeiro, fevereiro e março.
Isso porque, a assessoria jurídica do SINTSERP entrou com Reclamação Constitucional ao Supremo Tribunal Federal - STF visando garantir o direito à greve dos trabalhadores da educação. Apesar da volta às escolas, os trabalhadores estarão atentos ao desenrolar de uma nova proposta que atenda aos anseios da categoria.
A direção do SINTSERP avaliou a greve como histórica alegando a adesão maciça dos professores e gestores eleitos democraticamente, chegando a 80% da categoria.
Os representantes dos professores no Conselho Municipal de Educação - CME e no Conselho de acompanhamento do FUNDEB apresentaram uma nota pública onde esclareceram os recursos recebidos durante o ano de 2021 e falaram sobre os atrasos nas apresentações dos dados e das prestações de contas.
Os trabalhadores da educação tiraram como encaminhamentos os seguintes pontos:
- Retorno às aulas e manutenção do "Estado de Greve"
- Formação de Comissão Popular de acompanhamento do uso das verbas públicas
- Realização de assembleia mensal para discussão das negociações com o gestor
- Elaboração de relatórios sobre as condições das escolas com envio para o sindicato
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