quinta-feira, 19 de maio de 2022

SINTSERP orienta professores a aguardarem reunião entre sindicato e SEMEC para início da reposição das aulas

Os professores da rede municipal de educação de Parnamirim estiveram reunidos na manhã desta quinta, 19 de maio, em assembleia virtual para debater sobre o calendário de reposição das aulas. O encontro reuniu direção do SINTSERP, além dos educadores e alguns diretores de escolas.

A categoria pleiteia o reajuste integral de 33,24% do piso do magistério, mantendo-se em "estado de greve" por ocasião da ação da Prefeitura que obrigou os trabalhadores a retornarem as salas de aula sob pena de multa diária de R$ 10 mil reais.

Como a mesa de negociação sobre o reajuste do piso ainda está ativa, direção do sindicato e professores não compreendem "pressa" do novo secretário de educação, Gildásio Figueiredo, em divulgar um calendário de reposição de aulas sem ouvir a categoria e comunidade escolar. Ainda mais, a assembleia relatou a falta de educadores em sala de aula - por afastamento, licença, entre outros motivos - estando algumas escolas sem professor para lecionar diversas disciplinas.

A falta de material para a realização do planejamento escolar foi outra situação elencada pelos trabalhadores. De acordo com a categoria, várias escolas não oferecem recursos, como computadores, sala adequada, equipamentos e internet para a elaboração do plano de trabalho a ser lançado no sistema da gestão.

Para a categoria como a greve não foi finalizada, caberia a SEMEC debater o calendário de reposição ao término da greve dos professores. O encaminhamento tirado pelos professores é de que a direção do sindicato negocie junto ao secretário de educação a não reposição das aulas dos dias referente ao planejamento (que não conta na carga horária dos alunos), como também os dias que foram realizadas as assembleias da categoria, haja visto que é direito do trabalhador.

Com relação aos demais dias, a indicação da categoria é a de que o calendário seja escolhido junto aos conselhos escolares e a comunidade escolar, que de acordo com as contas da direção do sindicato são 16 dias e não 23 dias como divulgado pela SEMEC. Os trabalhadores também defendem que parte do pagamento das aulas seja de forma remota.

A direção do SINTSERP buscará nos próximos dias reunião junto a SEMEC onde apresentará as sugestões dos professores para o calendário de reposição das aulas. Além mais, o sindicato debaterá uma pauta que envolve as progressões que estão retidas no RH da Prefeitura, bem como cobrar da prefeitura um posicionamento sobre o pagamento do reajuste do piso.

De forma geral, o SINTSERP orienta aos professores que não iniciem o calendário de reposição de aulas divulgado pela SEMEC e aguardem a reunião entre a direção do sindicato e a gestão para novo encaminhamento acerca do pagamento dessas aulas.

Ainda mais, o SINTSERP reafirma o seguimento do "estado de greve" dos trabalhadores da educação na perspectiva que tenhamos novos desdobramentos jurídicos acerca da ação judicial impetrada pela prefeitura que obrigou os professores a retornarem as escolas do município.

Em tempo: Após a Assembleia, a direção do SINTSERP acompanhou os profissionais do apoio escolar para tratar de pauta da categoria em reunião com o secretário Gildásio, quando na oportunidade o gestor garantiu que o calendário enviado para as escolas serve para nortear a reposição, mas que pode ser adequado a realidade de cada escola, ficando a cargo dos diretores a tarefa de organizá-lo junto a comunidade escolar.

A direção falou sobre os dias que não devem ser repostos e da intransigência das pessoas que estão no grupo de acompanhamento da reposição em flexibilizá-la e o secretário se comprometeu em conversar com os membros da comissão.  Segundo Gildásio, os dias de Assembleia deverão ser repostos, os demais ele concordou que não precisam.

A reunião oficial para tratar dos demais detalhes desta pauta ficou mantida para a próxima segunda, dia 23 de maio, pois a reunião desta quinta (19) era para tratar do apoio escolar.

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