sábado, 19 de março de 2011

Discurso de posse da gestão: QUEM VEM COM TUDO NÃO CANSA para o triênio 2011/13



Caros amigos, camaradas, convidados e sócias de nossa entidade; uma boa noite, temos a honra de recebermos todos, neste espaço fruto do trabalho com dinheiro dos trabalhadores e de nossa administração.

Como não somos uma ilha isolada das relações políticas e econômicas, quero aqui registrar o momento político em que vivemos no mundo; momento de um capitalismo cada vez mais decadente, o imperialismo norte-americano não dá mais as cartas como antes em fase unipolar em que ele mandava nas nações submissas; hoje, vivemos num mundo multipolar, as decisões políticas por disputas com países que antes considerados como emergentes, hoje desenvolvimentista e socialistas, entre eles CHINA, INDIA, ÁFRICA E BRASIL; em especial o papel da CHINA que desponta como um grande país de futuro na economia e com sua cultura.

O ponto central de luta de sobrevivência do capitalismo é de explorar não só o trabalho mais as reservas minerais de países em desenvolvimento, de nações desprovidas de defesas militares e submissas ao imperialismo norte-americano; exemplo da LIBIA (já hoje a ONU decidiu o exército da OTAN invadir aquele país), DO IRAQUE, IRÃ e todo o Oriente Médio.

Em contra partida a luta dos povos oprimidos pelo capital e a política imperialista, continua pela razão da lei dos contrários (uma das leis da DIALÉTICA na filosofia Marxista), também pela essência da luta de classes - o motor da história; os trabalhadores de todo mundo luta contra a corcunda exploração do homem pelo homem (essência do capitalismo), a mais valia é a fonte desta exploração e a veia da acumulação do capital, hoje em momentos financista e da agiotagem.

Os países que desenvolvem o projeto socialista, ainda em processos de vencer etapas que o capitalismo mundial impõe, mas mostra aos trabalhadores de todo mundo que é a viabilidade possível de garantir uma vida de qualidade e com mais liberdade humana, contrário ao sistema cruel do capitalismo.

O Brasil neste cenário, enquanto nação e de passado monárquico/republica dependente/capitalismo sub desenvolvido/ era neoliberal e agora na fase de um caminho independente e desenvolvimentista; se posiciona no mundo em destaque não só por sua cultura, mas de sua tradição de povo lutador, em sua simbologia quebrando a lógica de que, só podia governar quem fosse um doutor, militar ou qualquer coronelista; essa lógica foi quebrada no imaginário do povo, sentou um operário naquela cadeira, mesmo não sendo um ardoroso defensor das causas, mas ensinou governar aos reis e doutores da história de nosso país, não sou lulista e nem muito menos petista, eu sou do Partido Comunista do Brasil, que foi grande aliado desta parceria, de colocar o Brasil fora da rota neoliberal extrema.

O Brasil ainda se encontra numa encruzilhada histórica, a experiência de lula é apenas uma gota no oceano, para uma perspectiva de construção do socialismo no BRASIL, não se enganem, ainda existe milhares de pessoas no nosso país com fome, sem emprego, explorado, mau pagos e pior sobrepondo a lógica deste sistema voraz; Dilma é aposta que o povo fez, em continuar avançando a favor do povo trabalhador, que constrói a riqueza deste país. Se não for pela rota de um desenvolvimento por via socialista, teremos um revés na política de nosso país e nessa encruzilhada de rumos, nosso país poderá ter seu retorno a política neoliberal.

Os trabalhadores esperam desta presidenta um salário mínimo com condições de viver, e não foi o que aconteceu, no seu primeiro ato, valorizou a política dos banqueiros e agiotas e do mercado financeiro, com promessa que será melhor no próximo ano; o movimento sindical neste processo através de nossa CTB e outras centrais, cumpriram um papel de pressão e defendeu a tese correta, de que salário mínimo real é pilar de desenvolver a economia de nosso país.

As eleições últimas revelaram um diagnóstico, favorável ao governo Dilma; já no nosso Estado, tivemos um retrocesso de projeto político e forças atrasadas que ocupam o Governo do Estado (tão clara que hoje O GLOBO, denuncia que Agripino pediu para José Arruda contribuir com 150 mil reais a campanha e MICARLA-confirmado pelo J. Arruda); principalmente na assembléia legislativa e no senado, representantes fiéis da das oligarquias e financeiras.

Em Parnamirim, o cenário político é da permanência da corrupção, coronelismo e muita falta de vergonha na cara; a saúde é 171 de propaganda com a UPA, a educação rima com corrupção do dinheiro mau gerido e administrado, além de um governo que tenta governar igual a sua sombra (Agnelo) e é um governo desgovernado, sem rumo e ataca os trabalhadores em sua mais ínfima dignidade.

A correlação de forças política em Parnamirim não acena uma perspectiva a favor do povo e dos trabalhadores; quase não existe oposição política na prática a não ser o nosso sindicato na mídia, nas ruas e na luta; mas, o que derrota o próprio Mauricio, é ele mesmo; sua reforma é tática para os interesses da reeleição, o dinheiro que não está sendo gasto no meio expediente e na retirada dos 80 cargos comissionados e no aumento arrecadação do FUNDEB que dá a segunda colocação no ranking do estado com 46 milhões segundo as estimativas do MEC sendo 9 milhões a mais do que Mossoró.

E por que Mauricio chora tanto nas finanças do município? Re0passa a imagem de que está gerindo uma administração com dificuldades, mais não revela quanto gasta com propaganda, com os altos cargos comissionados e deixa os trabalhadores em paupérrimas situações de condições de trabalho e salarial; mas todos sabem que arrecadação desta cidade é auto-suficiente, pela posição no PIB municipal que é o terceiro em arrecadação no RN.

COMPANHEIRAS(OS), amigos, camaradas e convidados; e o SINTSERP neste cenário? Este sindicato, como todos sabem, quase num existia na cena política desta cidade, só no cartório ou em iniciativas frustradas; mas apareceu nós, a base do Partido Comunista do Brasil – PCdoB dos servidores de Paranmirim(cito: BETA, EU, FRED, CRIS (ALIADA) E MARCELINO e trabalhadores consciente do papel do sindicato, colocando o sindicato em seu devido lugar a pessoas comprometidas ; compôs uma chapa em 2005 e ganhou uma eleição; registro aqui como foi difícil desconstruir essa idéia de que sindicato não serve para a luta dos trabalhadores, que o medo era e é de desculpas para não participar da luta que é para ele e dele (o trabalhador).

Mais ainda, lutar contra um governo que na época tinha blindagem da mídia local, o medo dos trabalhadores em lutar, a desconfiança de uma história de sindicato que não tinha crédito na categoria e nem muito menos na sociedade. Mas a firmeza ideológica, a persistência e resistência de luta colocaria nossa luta num patamar evoluído, coisa que eu sempre acreditei, e tiramos aos poucos este sindicato e uma mera instituição cartorial para um sindicato de luta, combativo e independente.

Fato é que estamos assumindo hoje uma terceira gestão, fruto da credibilidade, da combatividade, do zelo com o dinheiro dos trabalhadores e da transparência com essa estrutura; é claro que ainda existe muita coisa para fazer, mas, ao avaliar o ontem para hoje, podemos dizer que estamos no caminho certo; porque “QUEM VEM COM TUDO NÃO CANSA” os quase 300 votos, nos deu mais uma tarefa para conduzir nossa luta.

Aos meus companheiros de direção, sabem o quanto temos de responsabilidade para garantir as vitórias da categoria, o fator organizativo, político e ideológico vão ser testados de novo; virão novos desafios recheado de cantos da sereia e exige de nós, muita paciência, interpretação da realidade e muita força de vontade para manter o motor da luta.

Vamos continuar sendo atores políticos desta cidade, vamos continuar fazendo a história de luta dos trabalhadores desta cidade, escrever as páginas da história com os nossos punhos altivos; vamos ousar a disputa de 2012, sendo candidato para ocupar uma vaga na câmara desta cidade e respresentando as fiéis bandeiras de lutas dos trabalhadores, mostrando que nossa voz pode estar presente no legislativa; nós hoje sabemos o quanto é difícil não ter ninguém nos representando. Comulgar a luta sindical com um representante na câmara dos vereadores.

Por fim, as lutas por plano de carreira, democracia nas escolas e nos postos de saúde, participação nos conselhos, insalubridade, risco de vida, produtividade na saúde e organização por local de trabalho; são lutas de alongo e médio prazo. O fator organizativo e estrutura como uma área de lazer, desenvolver o espaço cultural, com produção de cultura, sendo o centro de formação de cultura, num sentido de garantir a desconstrução da velha política nesta cidade.

Aqui concluo, com a certeza de que nossos esforços feitos é motivo de orgulho no que almejamos, planejamos e alcançamos com muito sacrifício; que nossa categoria que meso no inicio tendo dificuldade de entender e com suas razões, mas provamos e continuaremos a provar o espírito de luta combativa desde a primeira gestão, para essa gestão de mais três anos. Todos a luta com unidade, que é a nossa maior força...

“sonha e serás livre de espírito, lutas e serás livre na vida...” CHE GUEVARA




Jocelin de lima Bezerra – Pte. Do SINTSERP

PARNAMIRIM, 18 DE MARÇO/11

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