terça-feira, 9 de julho de 2013

Em assembleia, servidores definem nova agenda de greve dos educadores


Os trabalhadores da educação se reuniram ontem (8), nos turnos matutino e vespertino, para avaliar e definir quais os novos rumos para o movimento de greve. A assembleia ocorreu na sede do Sintserp e contou com a presença de professores e funcionários de escolas.


O presidente do Sintserp atualizou a categoria sobre as negociações realizadas na última semana colocando que o Prefeito Maurício Marques ainda teima em não receber e negociar com o sindicato. De acordo com Celino, na última terça-feira (2), após reunião com representantes da Prefeitura, os mesmos ficaram de encaminhar na quarta-feira (3) uma proposta por escrito ao Sintserp, mas até agora nenhum documento chegou ou foi protocolado na secretaria da sede do sindicato.

Esta proposta seria a de paralisarmos a greve e só em outubro a prefeitura apresentar um projeto sobre nossas reivindicações. Ou seja, na realidade, a administração municipal não quer negociar o reajuste agora para concedê-lo em outubro, mas sim, deixar para debater o reajuste só em outubro e sabe-se lá quando conceder o aumento. A proposta, levada ao conhecimento dos que estavam presentes à assembleia, foi recebida com indignação, tamanha a intransigência e o desrespeito do prefeito com a categoria.


Celino ainda informou que o Ministério Público Estadual - Promotoria do Patrimônio Público ficou de apurar as denúncias do Sintserp e alertou sobre os colegas educadores que tem carga suplementar. Segundo ele, estes servidores "devem continuar com a greve e não temer qualquer perseguição por parte de diretores e funcionários das escolas. O Sintserp realizará uma representação jurídica contra qualquer perseguição ou assédio moral que o trabalhador da educação no município sofra". A assembleia contou também com a presença de lideranças do Movimento Revolta do Busão, quando na oportunidade enfatizaram o apoio ao Movimento de Greve dos educadores.

Acompanhe a nova agenda de lutas da greve (alguns horários ainda à confirmar, bem como outras agendas paralelas):

Hoje (9) - Mobilização nas Escolas Municipais e Plenária do Movimento Revolta do Busão às 18 horas na Sede do Sintserp.
10 de julho - Mobilização nas Escolas Municipais.
11 de julho - Dia Nacional de Lutas com greves e paralisações em Natal.
11 de julho - Acampamento na noite do dia 11 para o dia 12 de julho em frente à prefeitura de Parnamirim ou Câmara Municipal (à definir hoje).
12 de julho - Dia Nacional de Lutas com greves e paralisações em Parnamirim.
15 de julho - Assembleia da educação - 8 e 14 horas na Sede do Sintserp.

Em tempo:

Greve dos Servidores da Saúde de Parnamirim

Em meio ao caos que se instalou em vários serviços básicos do município, mais uma categoria de servidores municipais de Parnamirim declarou greve. Começou ontem (8) a greve dos trabalhadores da saúde.

A categoria paralisou suas atividades na luta pela implementação do Plano de Cargos e Salários; Reajuste Salarial, Concurso Público para a área, além de melhores condições físicas, estruturais e humanas no exercício do trabalho.

Antonio, servidor e militante da base da saúde.

De acordo com o tesoureiro do Sintserp, Antonio, que também é servidor e militante da base da saúde, a greve iniciou com a adesão de muitos funcionários do quadro (concursados), o que não tinha acontecido em outras greves. Para ele, o movimento tem tudo para ser "unificado." Antonio afirma que a greve atinge 1 hospital municipal e 1 regional e em torno de 40 Postos de Saúde. Ele explica que a paralisação "tem por objetivo debater e lutar contra as precárias condições de trabalho e dos postos de saúde; a falta medicamentos; o mau atendimento, a desorganização e a falta de pessoal do quadro".

O Sintserp divulgou nota sobre a greve da saúde. Leia aqui.

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