quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Assembleia define nova agenda de lutas




Os servidores municipais na educação de Parnamirim reuniram-se ontem (31) em assembleia na sede do Sintserp para avaliar o Movimento de Greve e deliberar uma nova agenda de lutas para os próximos dias. De acordo com o presidente do Sintserp, Celino Bezerra, a paralisação vem ganhando força todos os dias, pois muitos servidores tem identificado na greve, uma forma justa de lutar pelo que lhes é de direito.




De acordo com ele todas as escolas tem trabalhadores em greve. "Tem escola que está com todos os servidores parados e tem escola que tem ao menos um educador em greve. O fato é que a greve da educação tem atingido toda a rede municipal de Parnamirim.", frisou Celino. Ele também afirmou que a tendência é que o executivo conceda o reajuste pretendido à categoria, mas para isso, é preciso muita luta e que os servidores não enfraqueçam, "continuem acreditando que a greve é o melhor caminho para nossas conquistas".




A diretora do Sintserp, Vilma Leão, fez também uma denúncia gravíssima. Servidores informaram que alguns diretores estavam aplicando um questionário intimidador aos trabalhadores fazendo perguntas como "Qual lei garante fazer greve?".


Detalhe da pergunta feita pela direção e que o servidor tinha que responder

O Sintserp informa que se preciso for nossa Assessoria Jurídica entrará com medida judicial cabível contra qualquer tentativa de assédio moral. A direção do sindicato rechaça toda e qualquer tipo de intimidação, constrangimento e esclarece que:

A Constituição Federal, em seu artigo 9º e a Lei nº 7.783/89 asseguram o direito de greve a todo trabalhador, competindo-lhe a oportunidade de exercê-lo sobre os interesses que devam por meio dele defender. Considera-se legítimo o exercício de greve, com a suspensão coletiva temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação de serviços, quando o empregador ou a entidade patronal, correspondentes tiverem sido pré-avisadas 72 horas, nas atividades essenciais e 48 horas nas demais. A greve da educação está assegurada por lei, pois o Sintserp tomou os caminhos corretos de segurança da greve e as medidas judiciais cabíveis.

São assegurados aos grevistas, o emprego de meios pacíficos tendentes a persuadir ou aliciar os trabalhadores a aderirem a greve. Os meios adotados por empregadores em nenhuma hipótese poderão violar ou constranger os direitos e garantias fundamentais de outrem.

A Prefeitura não poderá adotar meios para constranger o empregado ao comparecimento ao trabalho, bem como capazes de frustrar a divulgação do movimento.

Leia AQUI o que diz a Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989, a Lei de Greve.




Ainda pela manhã, durante a assembleia matutina, os servidores decidiram ocupar mais uma vez a recepção da Prefeitura de Parnamirim, com o intuito de serem recebidos pelo prefeito MAUrício Marques. Nada foi feito, e ao contrário do que os servidores queriam, foram recebidos com uma tentativa de intimidação dos cargos comissionados remunerados com o imposto que o povo e os educadores pagam ao município. Assessores foram até a recepção tirar fotos dos trabalhadores que ali estavam numa tentativa clara de intimidação da classe trabalhadora. A tentativa foi em vão, pois os servidores não arredaram o pé e continuaram a discursar na antessala do prefeito.




A assembleia da tarde, que estava prevista para acontecer na sede do Sintserp, foi deslocada para a Prefeitura de Parnamirim. Apesar do expediente no Centro Administrativo ser até as 14 horas, o mesmo grupo de servidores que estava pela manhã resistiu e continuou a ocupar a recepção da Prefeitura. Já os trabalhadores que chegaram à tarde foram impedidos de entrar.




Este mesmo grupo de trabalhadores resistiu e permaneceu até a chegada da noite, quando foram recebidos mais uma vez pelo Chefe de Gabinete. Na oportunidade, mais promessas: o mesmo afirmou que "havia uma perspectiva da Prefeitura conceder um reajuste anual de acordo com os valores divulgados anualmente pelo Ministério da Educação. Se seguir o MEC, a prefeitura terá que conceder até o final deste ano (2013) um reajuste de 7,97% , além do estabelecimento de um plano que garantisse os demais reajustes  ano após ano através da elaboração de um calendário de repasses até o final do mandato de MAUrício". A direção do SINTSERP espera que enfim o bom senso se estabeleça e de fato essas perspectivas venham a se concretizar na nova rodada de negociações que ficou agendada para sexta-feira às dez horas. No entanto, convoca os trabalhadores a se manterem firmes na certeza de que por meio da pressão iremos alcançar o objetivos que reivindicamos. Como todos sabem, o que a turma do prefeito promete, não se escreve.  Basta ver o reajuste aprovado pela Câmara dos Vereadores no ano passado e que até agora nada. O Sintserp espera que de fato o diálogo se restabeleça e possamos por um bom termo a esse impasse, que a Prefeitura faça uma proposta séria e que documente formalmente o proposto. Enquanto isso vamos à luta! respeitando a data-base



Acompanhe a nova Agenda da Greve:

01/08 (hoje) - Pela manhã Direção do Sintserp e servidores visitaram o Centro Infantil Ivone Maria e a tarde haverá visita às escolas.
02/08 (sexta-feira) -Visita à Escola Municipal Eva Lúcia e pressão na Prefeitura e nova rodada de negociação.
05/08 (segunda-feira) - Visita à Escola Municipal Francisca Fernandes e ao CMEI Maria Leonor e pressão na prefeitura. À tarde o mesmo roteiro nas escolas.
06/08 (terça-feira) - Visita à Escola Municipal Francisca Bezerra e pressão na prefeitura.
07/08 (quarta-feira) - Assembléia às 8 e 14 horas em frente à Prefeitura.

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