quarta-feira, 12 de julho de 2017

Nota do SINTSERP sobre a Reforma Trabalhista

O Brasil vive uma das mais graves crises de sua história. Muito mais do que econômica, nosso país vive uma crise política com rescaldos de corrupção e declínio da nossa base constitucional. Época de retrocessos na garantia de direitos, da liberdade, da nossa democracia.

Todos os dias a classe trabalhadora se vê golpeada pelos ataques diários do governo ilegítimo do golpista Michel Temer. Não há dúvidas que o golpe aplicado durante o ano de 2016 em nossa democracia, retirando do comando do país uma presidenta honesta, tinha como único objetivo perpetuar uma quadrilha de corruptos, desmontar o estado brasileiro e retroceder nas conquistas sociais da última década.

A aprovação da Reforma Trabalhista realizada ontem (11) ataca direitos fundamentais da classe trabalhadora. É, verdadeiramente, um atraso ao projeto de desenvolvimento e inclusão social iniciado na ultima década, além mais, um retrocesso na distribuição de renda e no afrontamento à pobreza no país. Não só isso, rasga nossa jurisdição, precariza o trabalho e impetra a máxima do "vale-tudo" tão combatido em outras décadas pelos sindicatos classistas e que deixam de lado a saúde e o bem estar do trabalhador.

A medida também enfraquece os sindicatos, que são a única arma verdadeira que os trabalhadores podem contar, pois sabemos que a história de conquistas representadas por direitos como as férias e o décimo-terceiro salários não teriam sido alcançadas sem o papel protagonista dos sindicalistas.

Repudiamos integralmente o papel dos senadores Agripino Maia (DEM) e Garibaldi Alves (PMDB) que traíram o voto do povo potiguar preferindo ficar ao lado dos empresários e patrões. Nessa enseada parabenizamos a senadora Fátima (PT) por representar dignamente a classe trabalhadora em seu mandato.

Apesar da aprovação da medida, a guerra não para. Só a união da população e da classe trabalhadora poderá enfrentar os novos ataques e buscar pressionar o judiciário brasileiro pela reversão desta aprovação. A exemplo do que vem ocorrendo com a lei da terceirização, devemos ficar atentos e usar as ruas como arma aos afrontes deste governo ilegítimo. Continuaremos a não aceitar um governo golpista e suas investidas a classe trabalhadora. Seguiremos na luta pelo #ForaTemer e por #DiretasJá!

Parnamirim-RN, 12 de julho de 2017.
A direção do SINTSERP

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